quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Unidade de Recuperação de Dependência Química - Sociedade Beneficente Hospital Candelaria
e-mail: sbhc@terra.com.brFone: (51)3743-1511 (51)3743-1511End: Avenida Marechal Deodoro, 1279CEP: 96930000
CANDELÁRIA - RS

Clínica Santa Tecla
Av. Boqueirão, 320 – Bairro Iguara 92410-350 Canoas – RSTel.: (51) 4773748 / 4772577
CANOAS - RS

Centro de Medicina Preventiva e Psicossocial CMPP
Avenida Pátria, ao lado do Hospital 99500-000 Carazinho – RSTel.: (54) 330-1083
CARAZINHO - RS

CAPS-AD Reviver
Av Circular Pedro Mocellin, 4683 - Caxias do Sul - RSTel: (15) 32251167 (15) 32251167e-mail: capsreviver@yahoo.com.br
CAXIAS DO SUL - RS

Centro de Reabilitação Filadélfia
Rua Pedro Mocelin, 36 95010-240 Caxias do Sul – RSTel.: (54) 228-6918
CAXIAS DO SUL - RS

Cruz Vermelha Brasileira – Filial Caxias do Sul
Rua Aldo Locatelli, 1590 95070-370 Caxias do Sul – RSTel.: (54) 212-1022
CAXIAS DO SUL - RS

Instituto Dr. Bezerra de Menezes
Rua Pinheiro Machado, 3286 - Caxias do Sul - RSTel.: (51) 3226-8692 (51) 3226-8692
Caxias do Sul - RS

Grupo Renascer de Amor Exigente
Rua Venâncio Aires, 1325 98005-020Cidade: Cruz AltaTel.: (51) 3243832; 3223007
CRUZ ALTA - RS

Comunidade Terapêutica Fazenda Renascença
Voluntários da Pátria, 76 94010-330 Gravataí – RSCidade: Tel.: (51) 488-6478
GRAVATAÍ - RS

Clínica Central – Centro Regional de Tratamento e Recuperação do Alcoolismo
Rua Bento Rosa, 2169 95900-000 Lajeado – RSTel.: (51) 3714-1131 (51) 3714-1131
LAJEADO - RS

CAPS-ad Regional Otávio Ferrari
R.. Almirante Barroso, 351, 97250-000, Nova Palma-RSTel.: (55)32661719 (55)32661719E-mail: capsnovapalma@gmail.comHorário de atendimento: segunda a sexta, 07:30 as 17:30
NOVA PALMA - RS

Serviço Regional de Atenção Integral a Saúde Mental (SERAISM-ad)
R. Silvio Grotto, 499, 97250-000, Nova Palma-RSTel: (55)32661266 (55)32661266E-mail: capsnovapalma@gmail.comHorário de atendimento: 07:30 as 11:30 - 13:30 as 17:00
NOVA PALMA - RS

Fazenda Renascer
Rua Rio de Janeiro, 522 Ouro Branco 93415-190 Novo Hamburgo – RSTel.: (51) 587-5326 / 9972-9933
NOVO HAMBURGO - RS

Sociedade Cruz Azul no Brasil
Rua Luís Felipe Schmidt, 1050 – Rincão Frente. Cx. Postal 420 98280-000 Panambi – RSTel.: (55) 33753844 (55) 33753844 / 33752967e-mail: cruzazul@express.com.br
PANAMBI - RS

Criar Vitória
Rua Adão Pires Cerveira, 700 - Bairro Fazenda Pires- Parobé – RSSite: www.criarvitoria.com.br
PAROBÉ - RS

Hospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes
Rua Ouro Preto, 240 98280-000 Passo Fundo – RSTel.: (54) 3134455 / 3138138
PASSO FUNDO - RS

Hospital Espírita de Pelotas
Av. Domingos José de Almeida, 2969 96085-470 Pelotas – RSTel.: (53) 2281288 / 2282718
PELOTAS - RS

ADEQUI – Hospital da PUC
Av. Ipiranga, 6690 90610-000 Porto Alegre – RSTel.: (51) 33391322 (51) 33391322 Ramal 2138
PORTO ALEGRE - RS

Ambulatório de Álcool e Drogas do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA
Rua Ramiro Barcelos, 2350 Zona 13 90035-003 13 90035-003 Porto Alegre – RSTel.: (51) 33168000 (51) 33168000 / 33168570
PORTO ALEGRE - RS

Associação Encarnación Blaya – Clínica Pinel
Rua Santana, 1455 90040-373 Porto Alegre – RSTel.: (51) 32237799 (51) 32237799 Fax: (51) 32237131
PORTO ALEGRE - RS

Centro Clínico Três Figueiras – Cyro Martins
Rua Ernesto Ludwig, 538 91330-420 Porto Alegre – RSTel.: (51) 33387277 (51) 33387277
PORTO ALEGRE - RS

Centro de Informações Toxicológicas (CIT)
Rua Domingos Crescêncio, 132 - 8° andar Santana 90650-090 Porto Alegre – RSTel.: 0800780200; (51) 32179203 (51) 32179203 / 32236110 / 32236417
PORTO ALEGRE - RS

Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas – UFRS
Rua Itaqui, 99/502 90460-140 Porto Alegre – RSTel.: (051) 3330-5813 (051) 3330-5813 / Fax: (051) 3332-4240
PORTO ALEGRE - RS

Centro Vita – Zé da Droga
Rua Ernesto Liscano, 450 Lomba do Pinheiro, parada 4 91560-250 Porto Alegre – RSTel.: (51) 33191694 (51) 33191694 / 33191878
PORTO ALEGRE - RS

Centro Wallace Mandell
Rua Nossa Senhora das Graças, 165 – Glória 91710 – 000 Porto Alegre – RSTel.: (51) 33363409 (51) 33363409
PORTO ALEGRE - RS

Centros de Estudos da Família e do Indivíduo
Rua Barão Santo Ângelo, 376 Moinhos de Vento 90570-090 Porto Alegre – RSTel.: (51) 33461525 (51) 33461525 Fax: (51)32225578
PORTO ALEGRE - RS

Clínica São José
Av. Oscar Pereira, 4821 91712-320 Porto Alegre – RSTel.: (51) 33206620 (51) 33206620
PORTO ALEGRE - RS

Conselho Estadual de Entorpecentes do Rio Grande do Sul
Vinculado à Secretaria Estadual da SaúdeTel.: (51) 3288-5961 (51) 3288-5961 e 3288-5962Fax: (51) 3288-5963E-mail: conen@saude.rs.gov.brEnd. Avenida Borges de Medeiros, 1501 19º andar sala 07CEP: 90.119-900 - PORTO ALEGRE / RSHorário de Expediente: 8:30 às 18:00h
PORTO ALEGRE - RS

Cruz Vermelha Brasileira – Comunidade Terapêutica
Av. Independência, 993 90035-076 Porto Alegre – RSTel.: (51) 33115140 (51) 33115140 / 33114528 Fax: (51) 33114612
PORTO ALEGRE - RS

Fernando Pessoa
Rua Castro Alves, 678 90430-130 Porto Alegre – RSTel.: (51) 33466588 (51) 33466588 / 32223014 / 32228305
PORTO ALEGRE - RS

Fundação Mário Martins
Rua Dona Laura, 221/233 90430-091 Porto Alegre – RSTel.: (51) 33333266 (51) 33333266
PORTO ALEGRE - RS

Hospital Espírita
Praça Simões Lopes Neto, 175 – Teresópolis 91720-440 Porto Alegre – RSTel.: (51) 33185700 (51) 33185700 Ramal: 222 SUS ramal: 228
PORTO ALEGRE - RS

Hospital Espírita
Praça Simões Lopes Neto, 175 91720-440 Porto Alegre – RSTel.: (51) 33185700 (51) 33185700
PORTO ALEGRE - RS

Hospital Nossa Senhora da Conceição
Rua Álvares Cabral, 398 - Porto Alegre – RSTel.: (51) 33741408 (51) 33741408
PORTO ALEGRE - RS

Hospital Parque Belém – CDQUIM
Av. Oscar Pereira, 8300 91712-320 Porto Alegre – RSTel.: (51) 33184501 (51) 33184501
PORTO ALEGRE - RS

Hospital Petrópolis
Av. Lucas de Oliveira, 2040 90460-000 Porto Alegre – RSTel.: (51) 3333-3133 (51) 3333-3133 / 3333-3043 / 3333-3045 / 3331-6700
PORTO ALEGRE - RS

Hospital Psiquiátrico São Pedro (Unidade Jurandyr Barcellos e Ambulatório de Dependência Química)
Av. Bento Gonçalves, 2460 90650-001 Porto Alegre – RSTel.: (51) 33396556 (51) 33396556 / 33392111 Ramal: 157 e 226
PORTO ALEGRE - RS

Instituto Psiquiátrico Forense Maurício Cardoso
Av. Bento Gonçalves, 2850 90650 – 001 Porto Alegre – RSTel.: (51) 33368112 (51) 33368112; 33367701
PORTO ALEGRE - RS

PACTO/POA – Pastoral de Auxílio Comunitário ao Toxicômano
Whashington Luiz, 868 90010-460 Porto Alegre – RSTel.: (51) 32122440 (51) 32122440 / 32289669
PORTO ALEGRE - RS

Plantão de Saúde Mental (PAM 3)
Manoel Lobato, 151 – Vila Cruzeiro 90850-530 Porto Alegre – RSTel.: (51) 32303067 (51) 32303067 / 32303078
PORTO ALEGRE - RS

Serviço de Informações sobre Substâncias Psicoativas (SISP)
Rua Sarmento Leite, 245 - 3° andar 90050-170 Porto Alegre – RSTel.: (51) 32273745 (51) 32273745 Fax: (51) 32248822 Ramal: 129
PORTO ALEGRE - RS

Serviço Interconfessional de Aconselhamento – SICA
Praça Rui Barbosa, 220 6° andar sala 66 90030-100 66 90030-100 Porto Alegre – RSTel.: (51) 32247877 (51) 32247877 / 32867313
PORTO ALEGRE - RS

Unidade de Tratamento de Dependência Química do Hospital Mãe de Deus
Fundação de Incentivo a Pesquisa em Álcool e Drogas - FIPADRua Costa, 30 – Centro Clínico 3° andar 90110-270 Porto Alegre – RSTel. & Fax: (051) 3231-4536 (051) 3231-4536 / 3230 2313
PORTO ALEGRE - RS

Centro Regional de Estudos, Prevenção e Recuperação de Dependentes Químicos – CENPRE
Avenida Paranaguá, 102 Rio Grande – RSTel.: (53) 3233-0200 (53) 3233-0200 (Televida) (53) 3233-0202 (53) 3233-0202 (telefone de atendimento)E-mail: cenpre@furg.brSite: www.cenpre.furg.br
RIO GRANDE - RS

Comunidade Terapêutica Vida Nova
Rua Cel. Sampaio, 346 96200-180 Rio Grande – RSTel.: (53) 231-6139
RIO GRANDE - RS

Conselho Municipal de Entorpecentes
Rua Euclides da Cunha, 1885 97090-000 Santa Maria – RSTel.: (55) 221-7724
SANTA MARIA - RS

Fazenda Senhor Jesus
Rua Silva Jardim, 1704 97010-490 Santa Maria – RSTel.: (55) 222-8275
SANTA MARIA - RS

Fazenda Senhor Jesus
Rua Silva Jardim, 1704 97010-490 Santa Maria – RSTel.: (55) 222-8275
SANTA MARIA - RS

Grupo Alcoolismo – Hospital Caridade
Rua Dr. Francisco Timm, 656 98900-000 Santa Rosa – RSTel.: (55) 3512-5050 (55) 3512-5050
SANTA ROSA - RS

Projeto Vida
Rua Dr. Rosa, 500 95190-000 São Marcos – RSTel.: (54) 291-3807
SÃO MARCOS - RS

Desafio Jovem
Vale do Quilombo Três Coroas – RSTel.: (51) 546-1450
TRÊS COROAS - RS

Clínica do Hospital de Caridade (particular)
Rua Isabel Bastos, 138 94410-250 Viamão – RSTel.: (51) 485-4700
VIAMÃO - RS
EDUCAÇÃO E PREVENÇÃO

CONCEITOS BÁSICOS

PREVENÇÃO DO USO INDEVIDO DE DROGAS: CONCEITOS BÁSICOS

Extraído de: Marine Meyer. Guia prático para programas de prevenção de drogas [online]. Hospital Israelita Albert Einstein. Disponível em URL: Visite

PREVENÇÃO DO USO INDEVIDO DE DROGAS: CONCEITOS BÁSICOSExtraído de: Marine Meyer. Guia prático para programas de prevenção de drogas [online]. Hospital Israelita Albert Einstein. Disponível em URL: http://www.einstein.br/alcooledrogas Prevenção e repressão não são a mesma coisa. Elas supõem posturas diferentes porém complementares.• Prevenção consiste na redução da demanda do consumo de drogas. Neste caso, as ações têm como objetivo fornecer informações e educar os jovens a adotarem hábitos saudáveis e protetores em suas vidas. Espera-se que as pessoas diminuam ou parem de consumir drogas.• Repressão consiste na redução da oferta de drogas. As ações repressivas tem como objetivo dificultar o acesso as drogas como por exemplo: a legislação que proíbe o uso de algumas droga, ações policiais para prender traficantes e restrições ao consumo de álcool e tabaco para menores de 18 anos. Ambos conceitos encontram-se presentes no cotidiano da escola: ao mesmo tempo que a escola faz campanhas educacionais antitabagistas, proíbe a todos (inclusive professores e funcionários) de fumarem na instituição.Existem três níveis de prevenção, cada um com os seus objetivos próprios:A prevenção primária quer evitar ou retardar a experimentação do uso de drogas. Portanto, refere-se ao trabalho que é feito junto aos alunos que ainda não experimentaram, ou jovens que estão na idade em que costumeiramente se inicia o uso.A prevenção secundária tem como objetivo atingir as pessoas que já experimentaram e que fazem um uso ocasional de drogas, com intuito de evitar que o uso se torne nocivo, com possível evolução para dependeria. Na prevenção secundária o encaminhamento para especialistas também pode e muitas vezes é indicado como uma forma preventiva de evitar danos maiores a saúde. A prevenção terciária corresponde ao tratamento do uso nocivo ou da dependência. Portanto este tipo de atenção deve ser feita por um profissional de saúde, cabendo a escola identificar e encaminhar tais casos. Não é possível saber com antecedência quem irá ter maiores problemas com o uso de drogas. Portanto, é melhor prevenir do que remediar!.
INFORMAÇÕES IMPORTANTES


Síndrome Alcoólica Fetal (SAF)
Os Perigos do Álcool para o FetoA Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) caracteriza-se por microcefalia, dismorfias craniofaciais e retardo mental, foi descrita em 1968 e ratificada em trabalhos científicos de 1973. Outros sinais e sintomas associados, tais como malformação cardíaca e baixo peso, podem estar presentes. A SAF decorre do eventual abuso do álcool durante a gravidez, sendo que, pela intensidade das manifestações, as lesões ocorrem, na forma clássica, predominantemente nos primeiros três meses.Considera-se que a ocorrência de aborto e parto prematuro pode ser conseqüência de maior comprometimento fetal como um todo. A incidência de SAF é estimada em um em cada mil nascimentos e o abuso de álcool durante a gravidez produz um risco de 30% a 50% de possibilidade de lesões fetais em relação às mães que não bebem neste período. Mas o quadro mais problemático é aquele nos quais lesões mais graves não são observadas, mas sim discretas alterações cerebrais. Nestes casos, com o crescimento natural, a chegada da idade escolar e as exigências mais complexas, verificam-se sinais de certa imaturidade cerebral. Estima-se que, nestes casos, muitas crianças possam apresentar distúrbios cognitivos e comportamentais relacionados com pequenas alterações resultantes da ação do álcool sobre o cérebro fetal.Acredita-se, de acordo com opinião de diversos especialistas, que manifestações neurocognitivas semelhantes à Síndrome de Déficit de Atenção (DAS), com ou sem hiperatividade, possam ser secundárias à ação de etanol sobre o cérebro em formação embrionária. Nestes casos, não seria necessário grande consumo de bebidas alcoólicas pela mãe, mas eventuais abusos ou uso continuado acima do recomendado. Deve-se chamar atenção para estes casos, pois a crença popular, partilhada por muitos profissionais da saúde, não vê problema no uso de bebidas alcoólicas durante a gravidez.Segundo alguns autores, o álcool seria uma das principais causas de déficit neurocognitivo nas crianças em idade escolar, caracterizado, sobretudo, por déficit de atenção e distúrbio de conduta (ansiedade, resistência a absorver regras sociais, compulsividades, irritabilidade, maior dependência). As conseqüências são graves. O baixo rendimento escolar, por exemplo, causando repetência e exclusão da escola, é um dos fatores favoráveis para o surgimento de comportamento anti-social, delinqüência e adesão às drogas e ao crime. Esta situação é evitável pelo trabalho de prevenção.Portanto, as bebidas alcoólicas consumidas na gravidez podem representar um fator de risco significativo a ser melhor considerado por todos nós. Já existem centros, como o da Universidade de Washington e o da Universidade de Lille (Centro Hospitalar de Tourconing), nos Estados Unidos, que vêm desenvolvendo importantes trabalhos neste campo. No Brasil, o problema vem despertando maior atenção, com a vinda de especialistas estrangeiros a encontros organizados por universidades. O Brasil é um dos maiores consumidores de bebidas alcoólicas do mundo e aqui a cerveja contém a mesma quantidade de álcool puro por dose-padrão: uma caneca de chope equivale a uma taça de vinho, a uma dose de cachaça ou de uísque.Dr. José Mauro Braz de Lima, MSc PhDProf. de Neurologia da Faculdade de Medicina/UFRJDiretor Médico da Evolução ClínicaAutor do livro Álcool e a Gravidez – SAF Síndrome Alcoólica Fetal
NOTÍCIAS DA ABEAD

13/10/2009
É mais difícil deixar destilados
Pesquisa aponta que dependentes de pinga resistem mais a sair do vício do que os de cerveja

Pesquisa feita na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) revelou que dependentes que tomam preferencialmente bebidas destiladas, como cachaça, uísque e vodca, têm mais dificuldade para abandonar o vício do que dependentes que preferem cerveja. O estudo, feito pelo psiquiatra Danilo Baltieri, pode indicar novos tratamentos.Segundo o pesquisador, cujo trabalho será publicado na revista científica Alcohol, a quantidade de álcool ingerida explica a diferença. O grupo que prefere destilados consome em média 320 gramas de álcool por dia. Já os que adotam a cerveja, ingerem média de 260 gramas diariamente.Para se ter uma ideia da quantidade, 260 gramas por dia correspondem, segundo Baltieri, a 11 garrafas de 600 mililitros.O pesquisador ressalta, porém, que os consumidores de destilados como a cachaça têm nível socioeconômico mais baixo que os bebedores de cerveja, o que pode influenciar na dependência.“Avaliamos a bebida preferencial de cada paciente portador de deficiência alcoólica”, explicou. “Com a pesquisa, podemos avaliar o melhor tratamento.” Segundo Baltieri, esse é o primeiro estudo no mundo a relacionar a aderência ao tratamento com o tipo de bebida ingerida.A diferença entre os dois grupos estava na fissura - vontade incontrolável de beber. Os consumidores preferenciais de destilados têm maior compulsão para beber que os de cerveja.O objetivo da pesquisa era testar a eficácia de dois tipos de remédios (topiramato e naltrexone). Para isso, Baltieri e sua equipe separaram os dependentes de acordo com a bebida preferencial consumida. O grupo dos destilados aderiu menos aos tratamentos que o grupo da cerveja. “O grau de dependência foi maior entre os que consomem destilados”, diz Baltieri. “Ou abandonaram o tratamento antes ou voltaram a beber mais precocemente.”Vale ressaltar que o estudo não permite relacionar que destilados provocam maior dependência do que a cerveja. “A pesquisa foi feita com pessoas já dependentes.”Para a diretora da Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas da Unifesp, Alessandra Diehl, o grau de dependência não varia de acordo com a bebida consumida. “Na prática, não vejo diferença.”Vice-diretor da unidade, Daniel Cordeiro diz ser comum uma pessoa iniciar o vício na cerveja e, à medida que a dependência aumenta, migrar para os destilados, com teor alcoólico maior. “O efeito do destilado é mais rápido.”Fonte: Jornal da Tarde